Microrganismos podem ser origem de metais no fundo do mar, aponta estudo

Microrganismos podem ser origem de metais no fundo do mar, aponta estudo
Microrganismos podem ser origem de metais no fundo do mar, aponta estudo

Pesquisadores do IO-USP (Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo), em colaboração com o National Oceanography Centre (Reino Unido), descreveram os microrganismos presentes nas crostas oceânicas da Elevação do Rio Grande – monte submarino localizado a 1,5 mil quilômetros da costa brasileira — e concluíram que as bactérias e as arqueias são potencialmente responsáveis pela manutenção da abundante vida local, além de estarem envolvidas no processo de biomineralização que dá origem aos metais presentes nas crostas.

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Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Microbial Ecology. O trabalho foi financiado por uma parceria entre a FAPESP e o Natural Environment Research Council. Em 2014, o Brasil obteve da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês) autorização para estudar o potencial da área para mineração por um prazo de 15 anos. Ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), a ISA é responsável por regular atividades que envolvam o fundo dos oceanos em águas internacionais.

“No entanto, ainda se conhece muito pouco da biodiversidade local e não sabemos o impacto que essa atividade poderia ter sobre o ecossistema da Elevação do Rio Grande”, contou à Agência Fapesp Vivian Pellizari, professora do IO-USP e coordenadora do estudo.

Além de ferro e manganês, as crostas são ricas ainda em cobalto – essencial para a produção de baterias recarregáveis, por exemplo –, além de níquel, molibdênio, nióbio, platina, titânio e telúrio, este último fundamental para a fabricação de células solares para geração de energia de alta eficiência, entre outros elementos. No fim de 2018, o Brasil solicitou à ONU a ampliação da sua plataforma continental, de forma a incluir a Elevação do Rio Grande.

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